domingo, 28 de março de 2010

O último fandango (de Alma Welt)

Não me verás jamais dizer assim
Que tudo vai ficar bem ou melhor,
Pois todos caminhamos pro pior
Que é a queda, a morte e o fim.

Mas vivamos e dancemos loucamente
Enquanto não bata a meia-noite
E a aldrava repouse no batente
E o fluir do rio não se afoite.

Amemos e brindemos, companheiro!
Coroemo-nos com folhas do mate
Como os antigos na festas de celeiro...

E se há um deus do Pampa a nos olhar,
Façamos de uma chula o bom combate
Ao longo de uma lança, sem relar...

31/12/2006

Nenhum comentário: