segunda-feira, 29 de março de 2010

Meu Negrinho (de Alma Welt)

Quando guria no bosque me perdi,
Estava a colher flores e amoras,
E ouvir ao longe a voz da Mutti
Chamando pra o almoço foram horas

De angústia pelo medo do carão,
Pois esse era talvez o nosso vínculo,
O da mágoa, receio e incompreensão,
Que mais me fazia andar em círculo.

Mas então chamei o meu Negrinho
Que pastoreava sempre ao léu
E assim nem precisava estar no céu.

E juro, meu leitor que então sorriste
Deste soneto pueril ou comezinho:
Ele veio... e era belo, negro e triste.

(sem data)

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