quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Versejando (de Alma Welt)

Esta ânsia dos versos na guria
Não foi ignorada desde a infância
Pelo povo tolerante desta estância,
Que vê jorrar tal fonte de poesia:

“-Essa prenda põe a fala no tinteiro,
Uma palavra jogada assim a esmo
Vira verso como muda o pampeiro
Em haragano ou minuano mesmo”.

“Por isso tome tento, gauchada!
Na digam tonterías, charla à toa ,
Que o que ela pega... é que revoa.

Mas quando ela recita pr’um gaudério
O amargo se refina, o mate côa,
E tudo fica claro ou... um mistério!”

(sem data)

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