Quando guria um tonel eu vi jorrar
O vinho pela relva em catadupas
Quando um peão com outras culpas,
Com o machado rachou-o a gritar:
“Eis de volta o sangue desta terra!
E logo, igualmente, o meu, verão.
Mas antes verterei de um que aberra
E não merece o amargo que lhe dão!”
E naquela tarde houve o embate
Na sinistra colina do enforcado
Mais regada de sangue que de mate.
E eu, que tudo em volta absorvia,
Jurei jorrar por conta do meu fado,
Meu sangue pela vida e a Poesia...
(sem data)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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