quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Diapasão (de Alma Welt)

Eis-me aqui, poeta deste prado,
Senão do povo, por certo desta estância
Em que o peão, ao menos à distância
Se mistura, contente, com seu gado.

Sim, porque o gado é dele mesmo
Enquanto tangido na coxilha
E não importa a posse da novilha
No meio da boiada, assim a esmo.

E eu também sou parte, mera, então,
Canora deste mundo que me molda
Como uma andorinha no verão

Emitindo a nota mestra da canção,
Como voz que de perto não se amolda
Mas é grito de alegria e... diapasão.

(sem data)

Nenhum comentário: