Sonetar pra mim tornou-se hábito,
Conto sílabas e rimo a caminhar
Pela coxilha ao largo de onde habito
Ou sobre a relva escura do pomar.
Eis que diante da minha macieira
O soneto tende a um velho rito
E alguma falsa rima de estradeira
Desvanece e dá lugar ao Mito...
Mas onde o verso meu mesmo transcende
Longe do altar dos velhos deuses
É junto ao fogo que o gaúcho acende
Na vigília bravateira do meu mate
Co’as Marias, as Três e seus adeuses,
Sob o olhar do grande, eterno Vate...
(sem data)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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