Se uma guitarra soava na coxilha
Eu me punha alvoroçada, era guria,
Do piano de meu pai eu era a filha
Mas qualquer paixão me divertia...
E eu corria saltando pelas trilhas
Até encontrar o tal gaudério,
Para convidá-lo a um refrigério,
Que por certo cavalgara muitas milhas.
E com a chaleira chiando num tripé,
Tome charla, milonga e chamamé,
De noite na fogueira sob a lua...
E eu pensava que o mundo ali estava
E que nada do que importa me faltava,
Que a vida era bela e estava nua...