quinta-feira, 21 de maio de 2009

Esta noite me sento à lua cheia (de Alma Welt)

Esta noite me sento à lua cheia
Orgulhosa a matear entre os peões
Ouvindo as estórias de peleia
E os chistes, as risadas e as canções

Que correm em nossas veias aquecidas
Pelo mate e o prazer de pertencer
A estas pradarias esquecidas
Pela História que ficou a nos dever

Desde que firmou-se espúrio acordo
Com os imperiais que derrotamos
Segundo conta agora o mano Rodo

Entre gargalhadas e altos brados
Que saúdam os bravos pampianos
Que fomos e ainda somos nestes prados.

(sem data)


Nota
Acabo de encontrar este soneto que pertence à veia "gauchesca" da Alma. A Poetisa realmente adorava essas vigílias de bivaque, com a chaleira a chiar sobre a fogueira, entre os peões mateando o chimarrão, acompanhada ou não de Rodo. (Lucia Welt)

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