Vinha o gaúcho troncho em sua sela
Ferido por adaga gravemente
Na mão direita a rédea como vela
A outra mão a segurar o rubro ventre.
E estacando o seu pingo emfim cedeu,
Fez um aceno vago e foi caindo
Nos braços do Galdério que acorreu
A ampará-lo como a um guri dormindo.
E enquanto a alma ia sem adeus
Eu gravei a cena em minha retina
Como uma Pietà leda e sulina
Pois agora já estava entre os seus
Como o outro naquela estampa fina
Fixando a morte insólita de um deus.
(sem data)
terça-feira, 22 de julho de 2008
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