Foram-se os tempos heroicos da coxilha
Dos quais eu ouvia a ressonância,
Os ecos da batalha farroupillha
Que chegaram até a minha infância...
Vivi em aura romântica tardia
Com os velhos peões de cavanhaque
E a lenha seca que estalando ardia
Ao pé de fogos noturnos de bivaque.
E eu amava com Anita o italiano
Marinheiro, lenço rubro no pescoço,
E com eles fui da glória até o poço...
E um me disse em baile de galpão:
Guria, tens tua nau a todo pano,
Ninguém aqui segurará tanta paixão...
21/04/2018
sábado, 21 de abril de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário