E tocou o chapéu na aba chata,
Mal saudando como o respeito manda,
Meu pai, que desaforo não acata.
Disse:"Buenas, patrão, venho de longe,
Só não tiro o chapéu, que estou suado,
Que não tenho a tonsura de um monge
E meu cabelo está meio emplastado."
O meu pai achou graça e interrompeu:
"Quê diabo de peão raro, vaidoso!
Preciso, sim de um prosador verboso
Que conte histórias em fogo de chaleira
Para quem cavalgou mais do que eu,
Que agora rejo aqui desta cadeira..."
.
06/10/2017
06/10/2017
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário