sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Contando sílabas

Viver nesta Pampa sem criar,
Não parecia justo desde o início
Com esta Mãe Natura tão sem par
Que não tolera bem tal desperdício

E conta com meus versos como ventos,
Como aves revoando em alegria,
Com meus solenes passos meio lentos
Ou mancando por andar na pradaria

A contar nos dedos, sem desdouro,
Pra levar pro capataz Alexandrino
Pé-quebrado sem sequer chave de ouro.

E o gaúcho que me vê nesta coxilha
Já não pensa, creio eu, que desatino.
Sorri, cabeceia e segue a trilha...

(sem data)

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