quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Teiniaguá (de Alma Welt)

Quando à noite meus cães fazem a ronda
E contra a lua principiam a uivar
Como o lobo que vem como uma onda
Dentro deles, que não mais podem calar,

Eu saio como um solitário espectro
Vindo do fundo de forças obscuras
Ou como uma rainha com seu cetro
Na mascarada do reino das loucuras.

E dirá mais de um peão ao me avistar
Que a Teiniaguá desceu do Cerro
Enquanto estavam na coxilha a matear,

Nua, branca, alheia, em despudor
"Corriendo en la pradera como un perro"
A evocar perdidos pactos de amor…


(Sem data)

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